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Enquanto folheava uma revista feminina no trabalho (creio que foi a Woman) vi uma reportagem sobre os melhores jardins para piqueniques. Tinham em várias cidades mas em Madrid recomendavam este, o Jardim El Capricho.
Mas ou eu li mal (porque o meu espanhol continua sem ser o melhor do mundo) ou recomendavam um restaurante onde comprar a comida e depois comer ali. Só um problema, está uma placa que diz que não se pode entrar com comida e bebida e se tencionamos fazer-nos de tontos em relação a essa regra, estão duas pessoas á entrada para nos relembrar.
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Publicidade enganosa á parte, numa coisa eles acertaram, o jardim é bastante tranquilo principalmente á hora que fomos entre as 16h e as 18h, depois disso começa a encher e apesar de ser grande já não tem o mesmo charme. Logo á entrada do lado esquerdo está a Casa de La Vieja que tem uma pequena horta onde se destacam as abóboras.
Ao longo dos seus 14 hectares temos muito para ver mas se queremos apenas aproveitar o espaço, descansar deitados na relva (mas sem comer nem beber) também o podemos fazer. No nosso trajecto começámos por ir em frente quando passamos pelo portão de entrada.
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Chegamos á Praça dos Imperadores com bustos que os representam e na mesma zona está uma exedra, construída após a morte da Duquesa de Osuna que tinha comprado a quinta para fazer uma casa de recreio e um belo jardim. Acabou por nunca ver a obra completa. Do lado direito da praça estava o Labirinto que onde estávamos tinha o acesso fechado.
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Atravessámos o Parterre onde já conseguíamos ver o Palácio dos Duques de Osuna, tudo de inspiração francesa cujas relações dominavam a cultura e arquitectura espanhola. O palácio estava fechado e a Fonte dos Golfinhos não funcionava tirando algum brilhantismo ao espaço. Entendemos os motivos pelos os quais muitas fontes em vários jardins e palácios não estão em funcionamento, grande parte relacionado com poupança de água ou de energia mas talvez pudessem activá-las em alguns dias ou fins-de-semanas porque uma fonte sem água não tem qualquer significado.
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Procurávamos um metro quadrado de relva para relaxar um pouco e encontrámos muito perto do Templo de Baco. O cenário não podia ser melhor e o tempo estava espectacular. O Templo do Baco é provavelmente a imagem mais marcada do jardim, o mais visto e o mais fotografado. Ao centro uma estátua do deus do vinho e um espaço tão mágico que nos apetece sentar ali a ler um livro e perder a noção do tempo.
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O descanso foi curto, o objectivo era conhecer o jardim e mais tarde noutra oportunidade aproveitá-lo de outra maneira. Para trás fica o templo com Baco a observar-nos.
Encontrámos o Fortín, um mini forte cuja descrição não menciona a função apenas dá a entender que tinha armamento e caixas de munições, pareceu-nos uma vez que o jardim era de recreio talvez fosse utilizado para fins recreativo, jogos, etc..
Seguimos caminho, o arvoredo é mais serrado nesta zona, vemos uma pequena zona onde nos parece passar um riacho que várias plantas acabam por disfarçar. Á cabeça vem a ideia de um bosque encantado.
Mas uma das melhores vistas do jardim ainda estava para vir, o lago e a pequena Casa de Cañas (construída com canas) que proporciona um cenário tremendo. Á sua volta vários patos e alguns cisnes embelezam ainda mais. Ao centro a Ilha e o Monumento ao III Duque de Osuna, que tem uma pequena cascata.
Para nós foi uma excelente experiência conhecer este jardim que sem dúvida é dos mais bonitos (senão o mais bonito) de Madrid e é gratuito.
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